O clube alcançou uma receita de R$ 680,8 milhões em 2023 e não terá despesas com a reforma e expansão do MorumBIS; Eduardo Toni, diretor de marketing, entrevistado pelo Poder360
Com a 3ª maior torcida do Brasil (conforme pesquisa Atlas divulgada pelo Globo Esporte), o São Paulo tem alcançado sucesso em aumentar suas receitas a cada ano. A entrada de recursos aumentou em 63% desde 2018. O Poder360 conversou com Eduardo Toni, diretor de marketing do clube, sobre as estratégias e prioridades adotadas.
O aumento nas receitas tornou-se mais significativo a partir de 2021, sob a gestão do atual presidente, Julio Casares. Em 2020, no último ano de Carlos Augusto de Barros e Silva – o Leco – como presidente, o SPFC teve uma receita bruta de R$ 415,6 milhões.
Em 2021, a receita subiu para R$ 425,2 milhões. Aumentou para R$ 660,5 milhões no ano seguinte. Em 2023, o clube arrecadou R$ 680,8 milhões (incremento de 63,8% em relação ao último ano da gestão anterior).
Os patrocínios na camisa principal da equipe estão entre as principais fontes de renda do São Paulo, gerando R$ 76 milhões anualmente.
O patrocínio máster, da Superbet, está classificado entre os 10 maiores do futebol brasileiro, ocupando o 3º lugar com R$ 52 milhões anuais.
Além disso, o clube possui um programa Sócio Torcedor que faturou R$ 20,5 milhões em 2023 – um aumento de 13,3% em relação aos R$ 18,1 milhões do ano anterior e de 185% em comparação com o último ano da gestão de Leco (R$ 7,2 milhões), quando houve uma redução no número de sócios devido à pandemia de covid.
O São Paulo também possui um contrato de naming rights do estádio Morumbi (agora denominado MorumBIS) com duração de 3 anos. O clube recebe R$ 25 milhões por ano, totalizando R$ 75 milhões ao longo do contrato.
No final de 2023, o SPFC assinou um contrato com a construtora WTorre para reformar o estádio, com o objetivo de aumentar a capacidade de 66.795 para 85.000 lugares. A previsão é de que a obra seja concluída em 2030, ano do centenário do clube.
Durante a entrevista ao Poder360, Toni ressaltou que o São Paulo mantém a propriedade e controle do seu estádio. Ele também abordou questões relacionadas a patrocínios, naming rights e a expansão das lojas oficiais do clube.
– Renovação do Contrato de Naming Rights do MorumBIS: Mesmo elogiando os resultados positivos, ainda não estão em negociações para uma renovação devido à reforma planejada, que trará um novo valor à parceria.
– Modelo de Negócios com a WTorre: O modelo está em fase final de definição e difere do modelo do Palmeiras, com o São Paulo mantendo o controle do estádio.
– Ganhos Financeiros com a Reforma: O São Paulo não terá gastos com a reforma, financiando-a por meio da venda de ativos do estádio.
– Contrato com a LiveNation para Eventos: Eventuais interrupções de contratos serão estendidas, caso o estádio necessite ser fechado.
– Vantagens da Parceria com a New Balance: Destaque para a agilidade e maior variedade de produtos em comparação com a fornecedora anterior.
– Expansão das Lojas Físicas: De 5 para 13 lojas atualmente, com planos de chegar a 29 até o final do ano.
– Expectativas para o Programa Sócio Torcedor em 2024: Previsão de aumento de mais de 60% na receita em comparação com 2023.
– Inteligência Artificial nos Negócios: Investimentos incipientes nessa área, prevendo parcerias para aprimorar a gestão de sócios torcedores.
– Patrocínios de Casas de Apostas: Análise do mercado em ascensão e o impacto da regulamentação no Brasil.
– Expansão do Futebol Feminino: Foco no investimento na base e formação de atletas no São Paulo.
Este conteúdo foi elaborado pelo estagiário em jornalismo Victor Boscato sob a supervisão do editor Israel Medeiros.